quinta-feira, 30 de julho de 2009

Artigo Daniele

Arquitetura Contemporânea
A arquitetura da atualidade está muito vinculada à arquitetura dos tempos do modernismo - que foi estabelecido por volta da segunda metade do século 19, com a Revolução Industrial - uma vez que foi a partir dessa época que se iniciou a utilização de recursos técnicos avançados e materiais novos e mais leves, como o aço. A principal característica do movimento moderno era a busca por uma radical ruptura com o passado, renovando e rejeitando toda a arquitetura anterior ao movimento – aquela que sustentava o uso de ornamentos, essa arquitetura adotava a chamada construção honesta, onde toda a estrutura ficava aparente, a forma seguia a função, permitindo a visão das vigas, pilares e estruturas de ferro combinadas com vidro.
Já a arquitetura praticada nas últimas décadas, e iniciada por volta dos anos 70, caracteriza-se, de uma forma geral, como uma reação à essas propostas da arquitetura moderna: ora os arquitetos atuais relêem os valores modernos e propõem novas tendências ,ora eles sugerem idéias radicalmente novas, procurando apresentar projetos que sejam anti-modernistas, conscientemente desrespeitando as intransigentes leis do modernismo.
Sendo assim, a arquitetura contemporânea se caracteriza por apresentar diferentes possibilidades de classificação se compararmos com a arquitetura moderna, por isso pode-se considerar a existência de três correntes: as correntes derivadas da arquitetura moderna – onde se vê o uso de formas puras isoladas ou combinadas, as correntes lúdico formalistas – que se utiliza de formas orgânicas para mexer com o imaginário do observador, e finalmente as correntes que se aproximam do paradigma da sustentabilidade e da reutilização de alguns elementos do passado.
Dentre as diversas correntes da arquitetura contemporânea vale destacar as seguintes:
- Neo Racionalismo – derivada da Arquitetura Moderna; utiliza formas geométricas puras, usa a marcação de topo e base, severidade decorativa, conseguidas pela exclusão de todo o ornamento, monumentalidade evidente das construções e espaços projetados.
- High Tech - derivada da Arquitetura Moderna; caracteriza-se pelo emprego de materiais de tecnologia avançada, remetendo ao futuro, e deixando as complexas estruturas construtivas propositadamente à vista
- Estruturalismo – derivada da Arquitetura Moderna; essa arquitetura é representada pela conexão de vários elementos geométricos de formas e tamanhos diferentes, arranjados de acordo com a função e organizadas de forma hierárquica.
- Neo Organicismo – derivada da Arquitetura Moderna; assim como no movimento moderno, é indiferente ao entorno. Possui formas orgânicas que fazem referência à natureza utilizando principalmente estruturas metálicas.
- Desconstrutivismo – derivada da corrente lúdico–formalista; distingue-se pelas formas não-retilíneas que servem para distorcer e deslocar alguns dos princípios elementares da arquitetura, geralmente são edifícios escultóricos caóticos e imprevisíveis.
- Lúdica – derivada da corrente lúdico–formalista; se propõe a brincar com o observador de forma fantasiosa e infantil, muitas vezes proporcionando um resultado infeliz.
- Empirismo - relacionada ao paradigma da sustentabilidade - utiliza a experiência da comunidade usuária na participação dos usuários projeto, faz referência à cultura, às técnicas, aos materiais e aos elementos arquitetônicos da região.
- Regionalismo - relacionada ao paradigma da sustentabilidade - procura absorver o “espírito do lugar”, buscando uma identidade. O edifício se identifica com o entorno por isso usuário se identifica com a obra. E também faz referências a cultura local, as técnicas, aos materiais e aos elementos arquitetônicos.
- Revitalização - relacionada ao paradigma da sustentabilidade – busca a recuperação de obras danificadas, preservando o exterior com pequenas alterações e modificando o interior se necessário.
- Arquitetura Sustentável - relacionada ao paradigma da sustentabilidade - enfoca estratégias inovadoras e tecnologias para melhorar a qualidade de vida cotidiana, sua abordagem envolve principalmente: eficiência energética na construção e sua manutenção; aproveitamento de estruturas pré-existentes; especificação de materiais utilizados; e a proteção de contornos naturais.
Para identificar uma arquitetura como contemporânea é necessário uma atenção na percepção de alguns elementos que a caracterizam, entre eles destaco estes:
- Arquitetura de Topo e Base - apresenta uma diferenciação entre esses e os outros pavimentos, estabelecendo na maioria das vezes uma marcação de acesso, fazendo referência à arquitetura clássica.
- Arquitetura Virtual – utiliza elementos na composição da edificação com a finalidade apenas de produzir efeito, apenas para compor a forma, não sendo um elemento estrutural.
- Arquitetura Inclusora – o edifício é composto pela adição de várias formas, resultando em uma nova forma mais complexa; a intersecção muitas vezes é tão intensa que se torna difícil distinguir quais volumes originaram o corpo do edifício.
- Utilização de Citações – referencia arquiteturas já existentes, tendo a intenção de compor com o entorno ou então apenas para citar alguma obra.
A partir desses elementos e correntes estudadas, pode-se dizer que a arquitetura atual não possui uma característica singular, possui sim várias correntes, chamadas de Correntes Pós modernas. Já os elementos caracterizadores estão sempre sendo introduzidos a arquitetura atual, possuindo, ou não, relação com os já existentes. Assim, características como topo e base, marcação de esquina e acessos são características de arquitetura do passado, não existente no movimento moderno, mas muito presentes na atualidade. Além desses elementos, outros caracterizadores foram sendo agregados, tais como: uso da cor e de tratamentos de superfície, de citações arquitetônicas, tratamento de empenas, uso de elementos virtuais, arquitetura inclusora.
Na cidade de Pelotas, pode-se identificar muitos desses elementos caracterizadores, muitos deles incorporados à edificações mais antigas e outros modificados com o tempo, mas mesmo assim, apesar de sua baixa qualidade, podemos identificar na cidade de Pelotas duas principais correntes arquitetônicas: a Neo Racionalista e a Neo Eclética, a última não mencionada anteriormente, mas muito simples de serem notadas em cidades como Pelotas. A primeira corrente refere-se ao uso de formas geométricas simples, tentando se integrar a arquitetura moderna já existente tem também como característica a aplicação da coluna cilíndrica, janelas quadradas repetindo-se em alinhamentos horizontais e verticais e a isenção de ornamento. A segunda tem como característica a identificação com a arquitetura do período eclética - arquitetura muito eminente na cidade de Pelotas - praticando uma releitura de alguns elementos daquela época e aplicando estas características na arquitetura atual.

Artigo Wiliam

Arquitetura moderna x Arquitetura Contemporânea:



Para confrontarmos a arquitetura moderna e a contemporânea a devemos primeiramente conhecê-las assim como os acontecimentos responsáveis pelo seu surgimento, assim ficam mais evidente as qualidades e defeitos de cada uma.
A arquitetura moderna foi um reflexo tardio dos movimentos iluministas, baseada na poética maquinista e na produção em serie, teve um caráter elitista, criticava o uso de ornamentos alem disso foi um movimento anti-historicista, possivelmente a característica mais importante da arquitetura moderna.
Em 1956 ocorre a ultima reunião do CIAM, o racionalismo e o positivismo já não eram orientações fundamentais como em outros tempos, cada vez mais começaram a surgir criticas a arquitetura moderna ate quando foi visto que a arquitetura moderna não era a resposta que ate então se acreditava ser para os problemas da atualidade da época, então os princípios do modernismo foram colocados em questão e substituídos pelos seus inversos então, depois de uma cisão interna os modernistas foram divididos em 2 grupos, continuístas e os revisionistas, estes últimos foram responsáveis pelo pós-modernismo
Sinteticamente podemos dizer que a arquitetura contemporânea seria uma critica a arquitetura anterior, no caso a moderna. Porem algumas vertentes são mais radicais outras não fazendo com que os rumos da arquitetura não estejam claros, apenas expressam a opinião que a arquitetura anterior não foi satisfatória.
Mas ate então a arquitetura contemporânea parece não ter achado uma identidade consonante como em outras épocas, sejam pelas suas inúmeras ramificações, seja por muitas vezes serem obras isoladas ou por ainda não ter respondido as questões que o modernismo também não respondeu. A questão é, será que a arquitetura contemporânea vai responder? ou pelo menos alguma dessas ramificações (vários estudiosos acreditam q o Desconstrutivismo seria a vertente da arquitetura contemporânea mais próxima de responder tais perguntas) Ou seria a arquitetura contemporânea apenas um movimento efêmero e passageiro? A única certeza é que a arquitetura contemporânea é um movimento em constante modificação.

Principais estilos arquitetônicos contemporâneos.

- Desconstrutivismo: Designação proveniente da exposição organizada em 1988 por Philip Johnson, em Nova Iorque, com o nome de “Deconstructivist Architecture”, parte da confrontação entre oposições como estrutura/decoração, abstração/ figuração, figura/fundo, forma/função.

- Neo-Racionalismo: também conhecido como tendenza, foi a primeira manifestação do pós-modernismo na Europa. Foi a tentativa de posicionar a arquitetura contra o sistema de produção consumista, recusava o principio de que a forma seguia a função.

- Arquitetura Lúdica: foi uma maneira de criticar o fundamentalismo modernista. foi o principal motivo para o surgimento dessa arquitetura, ironizava o produtivismo tecnológico atual e a comercialização da arquitetura. Criava espaços imaginativos e ficcionais muitas vezes, brincando com os sentidos do apreciador.

- Arquitetura Regionalista: é associada à diversidade climática, às técnicas e materiais locais, e à diferenciação das comunidades regionais, que se manifestam nas suas próprias tradições culturais e nos valores que as caracterizam e as identificam.

- Arquitetura sustentável: foi difundida com as novas discussões nas ultimas décadas sobre os rumos e os impactos da arquitetura globalizada, “é aquele que atende às necessidades do presente, sem comprometer o atendimento às necessidades das gerações futuras” é das ramificações da arquitetura contemporânea q vem crescendo mais.

- Hi-Tech: proveniente do metabolismo japonês, a arquitetura hi-tech não tem esse nome somente pelo uso de elementos de alta tecnologia, mas sim na exposição e ostentação desses elementos tecnológicos.

Características principais da arquitetura contemporânea e seu oposto na arquitetura moderna

- Platibanda:
Moderna: apenas para esconder coberturas
Contemporânea: destacar os acessos, o topo, muitas vezes com função apenas decorativa

- Tratamento reservatórios:
Moderna: não tinha preocupação com o tratamento ou em esconder os reservatórios.
Contemporânea: inclusão espacial do reservatório no restante da edificação incorporando ao seu volume

- tratamento sacadas:
Moderna: sacadas eram apenas elementos adicionados
Contemporânea: sacadas incorporadas ao prédio, dando ritmo, organicidade,e diferenciação a edificação.

- Diferenciação do acesso:
Moderna: acesso muitas vezes era lateral ou escondido pois não tinha um grande relevância na obra
Contemporânea: acesso destacado e diferenciado em relação ao resto da edificação, seja por cor, textura ou volume.

- Utilização de cores:
Moderna: cores servem para isolamento do entorno, normalmente branca ou ausência de cor (brutalismo)
Contemporânea: cores servem para integração com entrono, alem de servirem para destacar partes da edificação como o topo a base ou as estruturas por exemplo.

Arquitetura contemporânea em pelotas:
Em pelotas ainda não se tem um numero representativo de edificações contemporâneas ate pela característica historicista da cidade, porem esse numero de edificações vem crescendo principalmente com prédios comerciais tanto pequenos quanto médios.


¹
²
³Brundtland Report, em 1987

Artigo Isadora

Panorama acerca de uma Arquitetura Contemporânea


A Arquitetura Moderna, produzida principalmente entre as décadas de 1910 e 1950, surgiu como um movimento que buscava renovar a arquitetura existente e romper com estilos anteriores, em especial o Ecletismo do século XIX, sem pretender tornar-se um estilo.
Nesse período, os inúmeros ideais divergentes fizeram dos CIAM (Congresso Internacional de Arquitetura Moderna) um meio para estabelecerem pontos comuns, como a postura anti-historicista, o desprezo aos ornamentos - considerados fúteis, criação de espaços geométricos e mínimos, uso da indústria para a padronização de elementos arquitetônicos, e o objetivo de produzir edifícios econômicos e funcionais.
Após a segunda metade do século XX, a Arquitetura Moderna se tornou banalizada e perdeu sua qualidade, não tardando para que entrasse em decadência. Aqueles que a criticavam originaram novos ideais arquitetônicos, cujas manifestações iniciaram a partir da década de 1970.
Os momentos de abandono do Modernismo e experimentação de novas possibilidades arquitetônicas podem ser vistos como um tempo de Pós-Modernismo, mas que não caracteriza um novo estilo por si só. Preconiza, sim, o momento vivenciado na atualidade, de busca e formação de uma suposta Arquitetura Contemporânea.
A primeira expressão da Arquitetura Contemporânea foi a mistura e renovação de estilos anteriores, como a corrente Lúdico-Formalista, que adicionou cores às fachadas brancas do Movimento Moderno. Em meados de 1970, começam a surgir os primeiros exemplos dessa arquitetura diferenciada, formada por correntes originadas na Arquitetura Moderna, lúdico-formalistas e sob o paradigma da sustentabilidade.
Como exemplo de correntes derivadas da Arquitetura Moderna, temos a Neo Racionalista e a High Tech. A corrente Neo Racionalista utiliza regras de composição clássica, fazendo uso de marcação de topo e base, formas geométricas e puras, minimalismo, cores e texturas. A vertente High Tech, que significa de “alta tecnologia”, utiliza ao máximo os materiais e técnicas disponíveis para a construção. Um exemplar característico deste tipo de arquitetura é o Centro Pompidou em Paris, de Richard Rogers e Renzo Piano.
Seguindo os preceitos lúdico-formalistas, há correntes como a Neo Eclética e o Deconstrutivismo. O Neo Eclético surge aproximadamente 100 anos depois do antigo Ecletismo, com o objetivo de superar a Arquitetura Moderna relendo a arquitetura do passado. Possui grande vínculo com a Arquitetura Clássica, utilizando seus conceitos e elementos - frontões, colunas, frisos, entre outros. O Deconstrutivismo é uma arquitetura que desconstrói a forma, aparentando desordem, ruptura, falta de equilíbrio e, muitas vezes, causando choque por sua forma escultórica.
Dentro do paradigma da sustentabilidade, temos como exemplo o Regionalismo e a Arquitetura Sustentável. O Regionalismo absorve o “espírito do lugar”, buscando identidade naquilo que é tradicional, como referências culturais, cores, técnicas e materiais locais. Possui relação com o entorno, causando efeito emocional em quem se familiariza com ela e facilitando sua preservação. A Arquitetura Sustentável pretende ser duradoura e busca harmonia entre a obra, o processo construtivo e o meio ambiente. Tem como objetivos minimizar resíduos, consumos energético e de água, atingir conforto térmico sem o uso de sistemas de ventilação/aquecimento, entre outros. Os materiais priorizados são considerados ecológicos, como tijolos de solo-cimento, adobe, tintas sem tóxicos, materiais reciclados, etc., e os regionais, que reduzem o percurso de transporte e emissão de gás carbônico pela queima do combustível.
A Arquitetura Contemporânea possui diversas características que a diferenciam da Moderna e que são pontos comuns entre suas correntes divergentes. Esta arquitetura experimenta com as formas para causar efeitos no observador, provocá-lo. É descontínua nos temas ou motivos, lúdica, irônica, permissiva e globalizada.
Enquanto o Modernismo priorizava a forma pura, o Contemporâneo recorre à diferenciação da base e do topo do edifício dos demais pavimentos, como na arquitetura do passado, criando efeitos de acabamento e tectonicidade. O tratamento das superfícies dos edifícios também se contrapõe ao da “arquitetura branca” anterior: a Arquitetura Contemporânea faz uso de cores, texturas, grafismos, esquadrias diferenciadas, entre outros, para conferir acabamento e identidade às fachadas. Outra característica é a marcação dos acessos, pois ao passo que a Arquitetura Moderna buscava camuflar as portas da residência para dar aspecto introspectivo, a arquitetura de hoje procura evidenciar a entrada através de tratamento especial, hierarquia ou uso de pórticos e portais, oferecendo um referencial ao usuário. Quanto à volumetria, o Modernismo criava suas formas baseado em adições e subtrações, anexando formas geométricas umas as outras ou retirando “pedaços” para criar vazios. A arquitetura atual procura gerar formas pela intersecção de volumes, de modo que não se consiga identificar as formas originais e criem-se fachadas distintas. O tratamento de sacadas e floreiras na Arquitetura Moderna era como o dos volumes, por adesão das mesmas ao corpo do edifício sem planejamento aparente. Na Arquitetura Contemporânea, tira-se partido das saliências que as sacadas proporcionam para compor a forma final do prédio.
Em Pelotas, a Arquitetura Contemporânea começou a se manifestar com maior expressividade na década 1990, apesar de alguns exemplares terem surgido na década de 1980. Essa arquitetura pode ser observada em edifícios residenciais e comerciais, sendo que estes possuem, de modo geral, maior qualidade arquitetônica. As correntes mais comuns na cidade são a Neo Racionalista, Neo Eclética, Regionalismo, Arquitetura Sustentável, Lúdica e Revitalização, sendo que esta tem recebido especial atenção nos últimos anos. Vertentes como a High Tech, Deconstrutivismo e Neo Organicismo, por exemplo, não são encontradas em Pelotas, provavelmente por exigirem tecnologias e hábitos culturais que não estão difundidos nessa comunidade.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Artigo Bruno

A arquitetura mais moderna – Contemporânea - que substitui a Moderna

Histórico
O surgimento deste estilo de arquitetura vem com o descontentamento das pessoas com a idéia de revolução tecnológica da Arquitetura Moderna. Os questionamentos a esta arquitetura começaram durante a Segunda Guerra Mundial, mas apenas críticas verbais sobre pontos isolados e não uma formulação de um conceito inovador para a arquitetura da época. As críticas mais fortes à Arquitetura Moderna começaram então na década de 70 com o surgimento da Arquitetura Contemporânea (pós moderna) através de correntes transformadoras entre estas duas arquiteturas, dentre elas, três correntes são consideradas principais: as correntes baseadas na Arquitetura Moderna, as correntes lúdico-formalistas e as correntes voltadas para a sustentabilidade.

As correntes da Arquitetura Contemporânea
Das correntes derivadas da Arquitetura Moderna, estão:
• Neo Racionalista – aproveita as melhores características da Moderna, porém cria formas puras, figuras geométricas, uso da cor e da textura e a marcação de topo e base.
• Estruturalista – possui uma hierarquia de funções da arquitetura de pequenas partes, com cada volume para uma função diferente, construções definindo espaços. Assim, quebra-se a monotonia e a repetição.
• Neo Organicista – continua com o organicismo da Arquitetura Moderna, baseando-se nas formas orgânicas da natureza, criando formas fluidas e únicas.
• High Tech – arquitetura baseada na maior possibilidade tecnológica existente no momento. O símbolo desta arquitetura é o poder.

Dentre as correntes lúdico-formalistas estão:
• Neo Ecletismo – questiona a Arquitetura Moderna, buscando inspirações na arquitetura do passado misturando os elementos antigos de forma eclética.
• Deconstrutivismo – arquitetura sem relação com o entorno, sem equilíbrio (aparente), consiste na deconstrução da forma, com desordens e movimentos.
• Neo Expressionismo – contesta a monotonia, caracteriza-se pelo livre experimento, elementos escultórios, criando blocos únicos com adições e subtrações.
• Lúdica – arquitetura que brinca com o observador, criando um jogo.

Das correntes arquitetônicas relacionadas ao paradigma da sustentabilidade, encontra-se:
• Empirista – baseada no conhecimento prático, uma nova maneira do arquiteto se relacionar com o usuário, é empirista quando o projeto atinge a comunidade ou esta participa do mesmo.
• Regionalista – baseada no tradicional, na emoção e na simplicidade, leva em conta os aspectos do entorno e da realidade da população, provoca emoções devido ao fato de mexer com a cultura, as vivências e os costumes das pessoas.
• Sustentável – arquitetura que se preocupa com o amanhã, que desfruta de tecnologias para racionalizar gastos e manutenções, sempre com pensamentos políticos, econômicos, sociais e culturais. Consiste no viver dentro da capacidade de suporte do planeta, satisfazendo as necessidades do presente sem comprometer as possibilidades de satisfação das futuras gerações. Parafraseando Lúcio Costa: “Arquitetura é coisa para ser sentida em termos de espaço e volume, arquitetura é para ser vivida”.
A Arquitetura Contemporânea busca no passado a ornamentação, preocupa-se com a forma, com essa busca, surge o Neo Ecletismo. Em geral, os arquitetos resolveram valorizar as qualidades da Arquitetura Moderna e modificar o que era conceituado de forma ruim. O zoneamento funcional (social-íntimo-serviço) é uma das características positivas do movimento moderno sendo mantidas pelas gerações de arquitetos contemporâneos. O uso da cor foi uma das características modernas que se alterou, pois o cinza e o branco deram lugar às diferentes cores, causando um exagero no início, desta forma, passou-se a trabalhar com cores mais harmônicas entre si.
Como algumas correntes são baseadas na arquitetura do passado, é importante ressaltar seus elementos caracterizadores para a Arquitetura Contemporânea, como a marcação de topo e base, a marcação de acesso, a marcação de esquina, tratamento de reservatórios, o tratamento de superfícies e o tratamento de empenas.
Neste estilo arquitetônico, ressaltam-se duas arquiteturas caracterizadoras: a Arquitetura Inclusora, que consiste na intersecção de formas para gerar uma nova forma ou volume; e a Arquitetura Virtual, a qual está inserida em muitos prédios da Arquitetura Contemporânea, que não tem função alguma, somente como enfeite, estética, imitando elementos construtivos.

A Arquitetura Contemporânea no Brasil
Este estilo arquitetônico nacional, não se diferencia substancialmente da arquitetura internacional, existe uma falta de financiamento, de unidade arquitetônica, de “brasilidade”, pois parece mais uma cópia do que uma criação.

A Arquitetura Contemporânea em Pelotas
Em nossa cidade, o atual estilo de arquitetura é considerado fraco em Pelotas, encontrando-se raros exemplares do Lúdico, mas na maioria em prédios do Neo Eclético e do Neo Racionalismo, sendo notório em algumas edificações com a releitura de elementos do eclético (estilo marcante nas edificações da cidade) ou em tratamento de cores e superfícies, em marcações de acessos e em elementos de topo e base.

Conclusão
Portanto, pode-se afirmar que consiste em um estilo arquitetônico que sofre mutações e se aprimora a novidades a cada momento, sendo de suma notoriedade em países desenvolvidos, possuindo prédios pelo Brasil, mas pouquíssimos destes encontrados na cidade de Pelotas.

Artigo Renata

As primeiras obras da arquitetura contemporânea revelam-se, internacionalmente, no início da década de 70 e no Brasil em meados desta década. Essa nova arquitetura aparece em meio a tantas críticas ao período moderno - considerado sério e adulto - e procura criar cenários, seduzir, brincar, criar efeitos, enfim é experimental. Busca na arquitetura do passado a inspiração para a garantia da qualidade e retoma as idéias construtivistas e confiança na tecnologia, do moderno, mostrando que não o rejeita. Entretanto também olha pra frente apresentando determinação e se nega a permanecer na “mesmice” que o moderno preconizou.
O período moderno caracteriza a arquitetura produzida, os movimentos e escolas arquitetônicas das décadas entre 10 e 50, do século XX. O princípio básico desta arquitetura era de renovar, rejeitando toda a arquitetura anterior ao movimento - principalmente a produzida no início do século XX, como o ecletismo - e produzir uma arquitetura livre de ornamentos e regras clássicas, uma arquitetura de vanguarda. Duas frases se tornaram ícones desse período: “menos é mais” de Mies Van der Rohe e “a forma segue a função” de Louis Sullivan. Entretanto, após a 2ª Guerra Mundial, houve a reconstrução de muitas cidades em linguagem moderna, o que não agradou a população em geral - por serem consideradas cidades “frias”, sem os laços culturais locais, sem identidade - somados à desvalorização dos programas de necessidades - através da busca sem limites pela síntese formal - a arquitetura moderna passou a ser fortemente criticada e precisava ser substituída. É nesse ponto que a arquitetura contemporânea começou a surgir.
A arquitetura contemporânea é dividida em três grandes correntes: as originadas através da arquitetura moderna, as lúdico/formalistas e as que se aproximam do paradigma da sustentabilidade. Neste artigo citarei seis das doze subcorrentes estudadas:
 neo racionalismo – derivada da arquitetura moderna: faz uso de muitas regras de clássicas de composição, contudo isso não é uma norma. Usa figuras geométricas, cores, texturas e arquitetura de topo e base. Pode-se dizer que é a mesma arquitetura moderna, porém aprimorando o que àquela tinha de ruim;
 estruturalismo - derivada da arquitetura moderna: é uma arquitetura de partes pequenas interligadas, onde cada parte tem uma função específica - sua ligação é feita através de passarelas ou estruturas virtuais. Seu ordenamento se dá de forma hierarquizada e nega a repetição e a monotonia. Somente é verificada quando é vista em planta baixa;
 neo expressionismo – derivada da lúdico/formalista: pretende ir contra a norma e faz uso da emoção através de sua forma. É de livre experimento, o que a torna individual. Em geral é um único bloco com adições e subtrações, o que acaba gerando prédios escultóricos;
 lúdica - derivada da lúdico/formalista: se propõe a brincar com quem a contempla - uma interação entre a edificação e o observador. É infantil, divertida e óbvia, pois nos dá a impressão de sempre parecer com algo e mexe com nosso imaginário. Em geral é considerada ruim;
 empirismo – derivada do paradigma da sustentabilidade: tem como fundamento principal a participação dos moradores e/ou comunidade no projeto. Faz referência à cultura e aos elementos arquitetônicos da região, tornando-se, também, regionalista. É considerada sustentável, porque espera-se que será mantida pela comunidade beneficiada;
 revitalização - derivada do paradigma da sustentabilidade: é uma restauração, que une o “velho” com o “novo”. Procura recuperar obras arquitetônicas que se encontram danificadas, para lhes garantir o real valor. Em geral se mantém o exterior da edificação - com pequenas alterações - e se modifica o interior.
A arquitetura de cada período foi caracterizada por elementos que garantiram a sua identificação, na arquitetura contemporânea não é diferente, alguns elementos são essenciais para sua identidade, neste artigo citarei cinco elementos considerados importantes:
 marcação de topo e base: é uma característica da arquitetura clássica, uma marcação - como diz o nome - que diferencia o topo e a base de uma edificação dos demais pavimentos, seja com o uso de texturas ou materiais diversos. Também pode ser trabalhada a marcação do acesso, através dessa característica. Na arquitetura moderna esse tipo de tratamento foi propositalmente esquecido;
 tratamento de superfícies: o acabamento pode ser feito de diversas maneiras, pelo uso de cores (de preferência não saturadas) ou texturas diferentes, pelo uso de materiais distintos, como a madeira ou o aço ou também pode ser feita através da escolha das esquadrias. O oposto do que ocorria na arquitetura moderna, onde o importante era a verdade da construção;
 tratamento de empenas: assim como o tratamento de superfície, o de empena pode ser feito com o uso de diferentes materiais, texturas e cores. Sendo o último o mais comum, criando listras, molduras, grafismos, formas geométricas, enfim, o que se adequar melhor esteticamente. No moderno as empenas não ganhavam nenhum tipo de tratamento ou então as vigas e lajes eram marcadas, através de uma cor diferente da usada na extensão da empena;
 arquitetura virtual: é o uso de um elemento com função meramente visual. É a continuidade de uma forma ou volume através de vigas, molduras ou mesmo uma parede, para garantir a unidade da edificação, para que não pareça que falta alguma parte. Na arquitetura moderna esse tipo de tratamento não existia, era considerado desnecessário, visto que a verdade arquitetônica imperava;
 utilização de “citações”: consiste em recriar algum elemento ou forma de uma obra marcante já existente, seja pra compor com o entorno ou meramente como uma referência. É importante que a citação seja bem adaptada, para não parecer apenas uma colagem na nova edificação. Os modernistas, por negarem o passado, jamais usariam tal recurso.
Em Pelotas as subcorrentes mais observadas são: o neo ecletismo, que muitas vezes faz referências ao seu entorno ou usa elementos marcantes dessa corrente, já que a cidade apresenta muitas obras ecléticas de qualidade; a neo racional, a qual foi caracterizada anteriormente e é uma adaptação do moderno, com tratamento de fachadas, empenas e acréscimo de topo e base; e a revitalização, também caracterizada anteriormente, que é a restauração de prédios antigos. Nos últimos anos, a cidade de Pelotas revitalizou diversos prédios tombados ou inventariados, através do projeto “monumenta”, que visa preservar esse patrimônio cultural. Correntes mais “experimentalistas” como a high tech, o neo organicismo, o neo expressionismo e o desconstrutivismo não estão presentes, visto que tais correntes são destinadas a edifícios únicos, marcantes, típicos de grandes cidades desenvolvidas.
Os elementos caracterizadores da arquitetura contemporânea são observados na cidade, alguns em maior escala e melhor qualidade que os outros. Porém, os projetos devem ser mais trabalhados - além do programa de necessidades, estudos de insolação e afins – através de estudos da arquitetura produzida no passado, a fim de buscar o que elas tinham de melhor, para tentar adaptar essas características de maneira que a edificação se adeque ao entorno, sendo estética e contemporânea.
Para concluir, cito um parágrafo do texto “Arquitetura contemporânea no Brasil: da crise dos anos setenta ao presente promissor”, encontrado no portal Vitruvius, escrito por Luís Henrique Haas Luccas :
“A produção de uma arquitetura contemporânea pede uma relação equilibrada com o passado, sem nostalgia nem desrespeito pelas suas lições. Como um alento, novos valores emergem na arquitetura brasileira, apoiados nos ensinamentos bons e maus da experiência pregressa, sem deixar de propor inovações e obter resultados atuais. Afinal, é o que se deseja.”

Artigo Martha

Arquitetura Contemporânea no Brasil
As cidades européias foram praticamente destruídas durante a Segunda Guerra Mundial, quando a guerra acabou, em 1945, elas precisaram ser reconstruídas. Os arquitetos que iniciaram esse processo acreditavam que o estilo moderno estava desgastado, e encontraram na Europa o espaço perfeito para aplicar suas idéias. Entretanto o resultado na agradou a população como os arquitetos esperavam, o povo queria uma cidade como tinha antes. Essa desaprovação esfriou os ânimos dos arquitetos, e só a partir da década de 70 tornou-se perceptível uma produção de arquitetura contemporânea ao redor do mundo.
Da década de 30 até a inauguração de Brasília em 1960, a produção arquitetônica no Brasil era baseada nos conceitos da arquitetura moderna. Durante a década de 60, ocorria no Brasil ditadura militar, a repressão animou a discussão a respeito da política, e praticamente não houve discussão acerca de arquitetura. O êxito que se obteve com a arquitetura moderna no Brasil também contribuiu para que essa continuasse a nortear os projetos e os ensinos de arquitetura, enquanto no resto do mundo uma nova forma de projetar fosse se desenvolvendo.
O pós-moderno que, começou a parecer no final da década de 70, não é um estilo, mas um grupo de correntes arquitetônicas, algumas delas se inspiram na arquitetura moderna, como o neo-racionalismo, que usa figuras geométricas puras, regras de composição, começa a aplicar os conceitos de topo e base, e a usar a cor, na maior parte das vezes saturadas. Ao contrario destes existem os “arquitetos brancos”, que estudam e valorizam a forma, mas ao construir utilizam apenas a cor branca.
Outro estilo baseado no moderno é o hight-tech, que usa as mesmas formas puras do moderno, e que procura expressar a máxima tecnologia possível, buscando até mesmo na forma parecer ser do futuro. Os neo-organicistas trazem em geral a estrutura aparente, pois elas em geral se inspiram em esqueletos de animais, ou em outras formas da natureza, em geral o projeto torna-se um objeto único.
Além das correntes que se inspiram no movimento moderno, existem as correntes lúdico-formalistas, como o neo-expressionismo, que quer transmitir emoção, e para isso se inspira nas demais artes, cria formas pesadas e robustas, adepto ao livre experimento, gera obras escultóricas e individualistas, que não interagem com o entorno. O estilo de construtivista, também gera prédios escultóricos que não interagem com o entorno, como o nome disse, desconstroem a forma, e mostram uma falta de equilibro aparente. A arquitetura lúdica é outro estilo que busca brincar com o observador, propõe um jogo, uma interação.
O neo-ecletismo, apesar de ser lúdico-formalista, é bastante diferente, acontece 100 anos depois do ecletismo, e reúne elementos da história da arquitetura, parece uma colagem e mistura intencional de estilos.
Por fim existem as correntes que se aproximam do paradigma de sustentabilidade, como o empirismo, um estilo no qual os moradores participam do projeto, é um trabalho feito com comunidades, gera um espaço melhor para o usuário e as gerações futuras, pois é baseada na experiência. Existe também o regionalismo, um estilo baseado na tradição, um estilo próprio do local, ele é convencional, modesto, discreto, mas provoca um efeito emocional, pois capta o capta o espírito do lugar. Esses dois estilos são considerados sustentáveis, não pelos aspectos ecológicos, mas sim pelo social e cultural.
Mas existe a arquitetura sustentável em si, que possui várias dimensões: ambiental, econômica, social, espacial, cultural, política, técnica construtiva, sensorial, espiritual... Ela busca utilizar menos materiais, sistemas de energia mais eficientes e menos poluentes, sistemas de coleta e tratamento de água. São tantos aspectos, e objetivos desse tipo de arquitetura, que até mesmo os arquitetos e estudiosos do assunto encontram dificuldade em defini-lo.
A dificuldade de definição não está presente apenas na arquitetura sustentável, a realidade e que estudar e definir um processo que ainda não terminou, é algo bastante complicado, como foi dito no começo do texto, o pós moderno ainda pode ser entendido como um conjunto de estilos diferentes, é possível que quando esse período estiver completado o processo de início meio e fim, ele seja interpretado e classificado de uma forma diferente.
No momento podemos classificá-lo assim, e traçar algumas a características comuns, a arquitetura contemporânea como um todo interage com o usuário, por exemplo, busca transmitir emoções, é lúdica. Incorpora diferentes elementos como: topo e base como o nome já diz uma marcação diferenciada dos demais pavimentos, que pode marcar o acesso, é baseado na arquitetura do passado, produz efeitos de acabamento, rompe com a forma pura e dá identidade ao prédio; elementos que já mais seriam admitidos no modernismo, são inseridos para criar efeitos compositivos, efeitos de cenário; tratamento de superfícies, través de, cores, texturas, diferentes materiais para acabamento; tratamento de reservatórios, uso do reservatório para compor a forma; tratamento de sacadas, agora elas fazem parte do prédio, é agregada ao volume; a elementos inclusores, várias formas que formam uma única, não se sabe qual o volume principal.
Mas a arquitetura contemporânea é mais do que uma união de elementos, é uma arquitetura que reflete a sociedade atual, pois da mesma forma que a população faz uso da globalização e da tecnologia, para cada vez mais diminuir as fronteiras e se tornar uma só, um único padrão, a arquitetura que obtemos hoje é assim também, internacional, sem analisar o entorno não podemos afirmar se uma obra foi construída em Tókio, em Nova York, ou em São Paulo.
A arquitetura contemporânea também não possui aquela rigidez da arquitetura moderna, ela é livre, e se inspira no passado, e não faz questão de esconder, ao contrário muitas vezes mostra isso através de citações de obras, readaptando certos elementos. E por fim também se contrapondo aos modernistas, os arquitetos contemporâneos reconhecem que estão produzindo um estilo que será passageiro, e no fim desse período existirá outro, que se expressará de outra forma. Por hora resta refletir como desejamos que seja o estilo contemporâneo e contribuir para que ele tenha essas características.

Artigo Bárbara Ribeiro

A arquitetura contemporânea

Como toda a arquitetura que vem substituir uma estilo anterior, a arquitetura contemporânea também se contrapõe e faz criticas a sua precedente, a arquitetura moderna. Entre esses diversos pontos distintos dos que a arquitetura moderna pregava podemos observar uma utilização menos racional, pois passa a trabalhar com significados e sensações através do uso de cores, texturas, formas orgânicas e lúdicas. A forma somente pela estética não é mais usada, pois existe também uma preocupação com a função.
Outro ponto é a busca de elementos na arquitetura do passado e volta a utilizar ornamentos, podemos observar essa característica na corrente neo eclética.
Podemos observar mais dessas características conhecendo alguns tipos de correntes e tratamentos caracterizadores da arquitetura moderna.

Correntes da arquitetura contemporânea:

Neo racionalismo: É caracterizada por utilizar linguagem do racionalismo, figuras geométricas e regras de composição. Baseia-se muito na arquitetura moderna, mas também faz uma critica a mesma em alguns pontos como a utilização de cor, texturas, e marcação de topo e base.

Estruturalismo: Concebido em pequenas partes divididas por suas funções. São blocos diferenciados quebrando com a monotonia da arquitetura moderna. Possui uma disciplina geométrica, ornamentos hierarquizados e repetição. Dentro da corrente podem-se identificar dois tipos de estruturalismo Agrupado e Centralizado.

Neo Organicista: Baseia-se na arquitetura moderna, mas contrapõe-se a ela em sua forma menos rígida e fluida. Baseia-se nas formas da natureza, faz referencia a estrutura, por essas características esses edifícios se tornam objetos únicos.

Lúdico Formalista: Reúne elementos da história da arquitetura e esta vinculada com demais correntes da arquitetura contemporânea como neo ecletismo, neo expressionismo, lúdica e desconstrutivismo.

Neo Expressionosmo: Utiliza-se do exagero da forma para demonstrar o sentimento, são prédios escultóricos, blocos únicos com subtrações e adições de muitos andares, sóbrios, pesados.

Descontrutivismo: Pretende dar a sensação de desordem e falta de equilíbrio aparente, podem ser high tech. São edifícios sem relação com o entorno e escultóricos.

Elementos Caracterizadores da Arquitetura Contemporânea:

Arquitetura de Topo e Base: É A diferenciação entre os andares da extremidade e os demais andares do edifício, gerando uma identidade ao mesmo.
Esse elemento caracterizador é oposto ao modernismo, pois rompe com a forma pura da edificação.

Marcação de Acesso: Utiliza-se de tratamentos diferenciados para fazer uma marcação do acesso ao edifico, como pórticos e portais. Esses dão uma idéia de monumentalidade ao mesmo. Essa pode estar vinculada com a arquitetura de topo e base.

Arquitetura Virtual: A utilização de elementos arquitetônicos com a finalidade de compor a fachada do mesmo. Pode estar vinculado com demais elementos caracterizadores como marcação de acesso, tratamento de reservatórios, composição de janelas e marcação de topo e base.

Arquitetura Inclusora: A volumetria do edifico é composta por varias formas, dando origem a uma nova forma mais complexa. Esse tipo de arquitetura se contrapõe ao modernismo que compunha suas formas através da adição e subtração de volumes, pois nesse caso o edifico é composto por uma integração entre diversos prismas.
Utilização de Citações: É a pratica de utilizar referencias a arquiteturas já produzidas. Essas citações podem ser uma copia de algo já edificado ou uma recriação. Esse tipo de arquitetura está ligado ao espírito lúdico da arquitetura contemporânea.
Entre as diversas correntes da arquitetura contemporânea encontradas na cidade de Pelotas, podemos observar uma maior profusão da corrente Neo Racionalista a qual se caracteriza por utilizar uma linguagem do racionalismo e basear-se bastante na arquitetura moderna, não deixando de fazer uma critica a mesma utilizando-se de cores, texturas e diferentes tipos de marcação.
Outra corrente que se destaca é a Neo eclética, que utiliza elementos do ecletismo, porém adaptados a arquitetura atual, fazendo referencia ou até uma “citação” da arquitetura existente na cidade.

Artigo David

Arquitetura Contemporânea

A Arquitetura, como também outras formas de arte, se divide em correntes, correntes essas que diferem da anterior totalmente mudando completamente seus princípios ou simplesmente continuando a e revendo suas posições.
O rompimento total acontece do neoclássico para o moderno de forma que o modernismo renuncia tudo que as correntes anteriores, não só o neoclássico, tinham como parâmetros. O fato do modernismo procurar uma verdade na arquitetura, que para eles era escondida atrás de ornamentos e regras rígidas, faz com que eles se levantem contra essa ordem e comecem uma nova mais flexível que a antiga.
A contemporaneidade (pós modernismo) não busca romper com o passado, talvez pela experiência negativa da renuncia do modernismo, mas sim tenta conciliar passado e presente em uma arquitetura mais humana e sem buscar ideais, aprendendo com os acertos e erros do passado, levando agora em consideração, o local e suas peculiaridades, o construído e sua tipologia e as pessoas que ali vivem, sem fazer copias, mas buscando uma harmonia entre novo e velho.
Mas não somente de interpretações do passado se baseia a arquitetura contemporânea também e uma época de criar, de inovar, ai o espírito modernista continua vivo e talvez tenha encontrado sua plenitude, pois somente juntando passado e presente podemos pensar no futuro.
O pós modernismo se divide em varias sub-correntes tais como o lúdico que utiliza formas diferentes e inusitadas para criar sensações, o desconstrutivismo com seu caráter escultórico e desordenado, o neo eclético tentando retomar alguns princípios do ecletismo mas de forma mais sutil,o high tech utilizando ao Maximo a tecnologia e criando formas que antes não pareciam possíveis, o neo racionalismo que se parece muito com o movimento moderno mas adiciona alguns elementos pós modernos (cor, marcações, etc.) e o neo organicismo baseado em formas da natureza.
Varias são as características que diferem o pós modernismo do modernismo dentre elas podemos citar: marcação de topo e base, marcação de acesso, uso da cor, elementos virtuais e formas das mais variadas.

Pelotas e a contemporaneidade

A arquitetura pós moderna em Pelotas ainda tenta se desvencilhar do modernismo, é uma arquitetura mais contida, talvez pela regionalidade muito forte e tentativa de adequação ao entorno próximo, ou por motivos econômicos que não permitem obras de maior porte e liberdade arquitetônica, uma das correntes mais vistas dentro do pós modernismo é o neo ecletismo.

Artigo Rafael

Arquitetura Contemporânea
A arquitetura contemporânea surge no final da década de 70 com uma série de mudanças arquitetônicas com o objetivo de estabelecer uma critica a arquitetura moderna, esse novo estilo modifica os princípios estéticos vigentes, utilizando novas técnicas, materiais e as novas tecnologias. Além disso, a arquitetura contemporânea busca inspiração nas características dos estilos passados, buscando criar uma releitura e não simplesmente uma copia.
Essa volta ao passado do novo estilo foi uma forma de critica ao modernismo, que tinha como uma de suas características o rompimento com a arquitetura do passado, mas mesmo fazendo uma critica ao moderno a arquitetura contemporânea não busca um rompimento, pois surgem correntes originadas na arquitetura moderna, porém com características próprias.
A arquitetura nas ultimas décadas tem se caracterizado, de uma forma geral, por reler valores do moderno e propor novos valores estéticos, ou por criar projetos radicalmente novos tentando romper totalmente com o movimento moderno, isso fez do estilo imediatamente reconhecível. Além disso, o lúdico é uma característica muito presente no pós-moderno, buscando sempre brincar com as sensações do observador, porém esse uso da ironia de forma exagerada cria uma imagem estereotipada do movimento.
A arquitetura contemporânea pode ser divididos em três correntes principais, derivadas da arquitetura moderna, lúdico formalista e relacionados aos princípios da sustentabilidade, nesses três grupos pode-se se dividir ainda em correntes com características próprias. Derivada da arquitetura moderna há o neo racionalismo que se caracteriza por ter uma linguagem racionalista (formas geométricas), faz referencias ao moderno, utiliza cores e texturas no tratamento das superfícies e utiliza topo e base.
O neo organicismo também é derivado do moderno e tem por característica se basear em formas orgânicas (elementos da natureza) faz referencia à estrutura se orienta pelas emoções e pela tecnologia, não se relaciona com o entorno, é normalmente de baixa altura. Outra corrente derivada do moderno é o high tech que utiliza os materiais mais avançados disponíveis, tem a estrutura aparente, mas também com função estética e tem um visual futurista. Há ainda nessas correntes derivadas do moderno o estruturalismo e o minimalismo.
Dentro da arquitetura lúdico formalista há o neo ecletismo que faz uma referencia a arquitetura clássica, faz uma espécie de colagem de elementos como frisos, colunas e frontões. O desconstrutivismo se caracteriza pela desordem, pela falta de equilíbrio não tem nenhuma relação com o entorno, tem uma aparência de ruptura e como o próprio nome diz é a desconstrução da forma. Dentro dessa corrente lúdico formalista há ainda o neo expressionismo e a lúdica.
As correntes relacionadas a sustentabilidade que procuram maior economia de energia possível, o mínimo de impacto uma melhor relação com entorno e se utiliza das características do local, utiliza também os materiais e recursos do local. Dentro dessa corrente a o regionalismo, o empirismo e a revitalização.
A arquitetura contemporânea se caracteriza por ser uma arquitetura de topo e base que serve por exemplo para marcar o acesso (da monumentalidade), ao contrario do moderno que não havia tratamento de topo e base e o acesso fica ate mesmo escondido. O modernismo se preocupava em mostrar a forma pura deixar a estrutura a mostra por isso não recebia nenhum tratamento de superfície seja de cor ou mesmo textura, na arquitetura pós-moderna onde a cor e as texturas servem para dar acabamento, criar uma composição formal ou mesmo para destacar algum elemento.
Enquanto no moderno as janelas eram simplesmente grandes rasgos que percorriam todo edifício para parecer um elemento único, a arquitetura contemporânea utiliza as janelas como um importante elemento compositivo. A platibanda é outro elemento que volta a ter importância na arquitetura moderna, como já teve na arquitetura do passado, esse elemento recebe várias formas de tratamento e serve para marcar o acesso, como elemento de topo e base ou simplesmente elemento compositivo. Assim como as sacadas que no movimento moderno eram elementos apenas colados na fachada que pareciam não fazer parte do edifício, no pós-moderno passa a fazer parte da volumetria a sacada deixa de ser uma simples colagem e passa a fazer parte da composição.
Em Pelotas a arquitetura contemporânea parece ainda muito ligada ao modernismo, talvez por uma questão cultural ou mesmo por resistência a mudança, as obras são muito inspiradas nas correntes como a neo-eclética, ou nas correntes derivadas do moderno quando não parecem totalmente modernas, e a pouco construído realmente de boa qualidade.

Artigo Hélen

ARQUITETURA CONTEMPORÂNEA: CORRENTES ARQUITETÔNICAS E ELEMENTOS CARACTERIZADORES

Na década de 20 ocorreu uma grande transformação na arquitetura com o surgimento do movimento moderno. A arquitetura proposta nessa época era marcada pela quebra de precedentes com todos os estilos arquitetônicos anteriores e era funcionalista e organicista. Após um tempo, porém, a população começou a demonstrar uma grande insatisfação com a arquitetura que estava sendo feita, pois esta não tinha uma identidade. Pode-se apontar a demolição do conjunto habitacional Pritt Igoe, nos Estados Unidos, em 1972 como o símbolo da transformação que ocorreu na arquitetura nessa época.
A partir da década de 70 surge, então, a arquitetura contemporânea, que busca novamente essa identidade que as pessoas necessitam para se adequarem ao espaço onde vivem e transformá-lo em seu lugar. Podemos identificar nessa arquitetura diversas correntes, algumas delas derivadas da arquitetura moderna, outras lúdico formalistas e outras, ainda, relacionadas a princípios de sustentabilidade.
Os primeiros exemplares desse novo movimento arquitetônico são formalmente ainda muito ligados ao modernismo, mas começam a utilizar cores, texturas, figuras geométricas e regras de composição. A corrente do neo-racionalismo, que é derivada da arquitetura moderna, ilustra bem esta fase de transição arquitetônica que ocorre. Nesse grupo estão também as correntes High Tech, que segue as possibilidades atuais e é muito vinculada ao futuro, Estruturalismo, que é uma arquitetura de partes pequenas onde existe disciplina geométrica e um ordenamento hierarquizado, e Neo-organicismo, que é bastante fluido e baseado em formas da natureza, o que transforma as edificações em objetos únicos.
No grupo das correntes lúdico formalistas encontra-se o Neo-ecletismo, o Neo-expressionismo, o Desconstrutivismo e a Lúdica. O Neo-ecletismo adota os estilos como uma temática, e, assim como o Desconstrutivismo, que apresenta uma aparente falta de equilíbrio, é uma colagem de partes. A corrente neo-expressionista, ao contrário, é um livre experimento que, através de subtrações e adições de muitos andares, cria prédios escultóricos que são, em geral, sóbrios e pesados.
Considerando os princípios de sustentabilidade, que admitem um mínimo de intervenções, economia de energia e compromisso entre gerações, temos as correntes do Empirismo, em que os moradores (comunidade) participam do projeto, o Regionalismo, que é mais tradicional e tem efeito emocional e identidade com o entorno, e a Revitalização, que mistura o novo com o velho.
Uma das principais buscas da arquitetura contemporânea era a identidade dos edifícios e um dos artifícios utilizados para isso é a marcação de topo e base, que rompe com a forma pura, criando uma marcação diferenciada dos demais pavimentos e marcando o acesso da edificação, tendo um efeito de acabamento. Além desse, outros elementos caracterizam a arquitetura contemporânea, como o tratamento das superfícies através do uso de cores não saturadas, texturas e diferentes tipos de esquadrias, ao contrário da arquitetura moderna em que se utilizava apenas branco e cinza, sem texturas e as esquadrias eram grandes rasgos nas fachadas, marcando a horizontalidade das formas.
Para romper com essa marcação da horizontalidade, começa-se a utilizar, também, a ambigüidade entre horizontal e vertical, pois na contemporaneidade não é utilizada claramente essa marcação; horizontal e vertical se misturam. Além disso, sacadas e reservatórios passam a receber tratamento especial, pois fazem parte da volumetria principal. Outro recurso também utilizado na arquitetura moderna, que pode inclusive fazer com que o edifício tenha relação maior com o entorno, é a citação, onde se usa elementos de outra obra arquitetônica existente. Empenas e platibandas são outros elementos que requerem tratamento especial, para que se tornem mais agradáveis aos usuários e auxiliem na busca da arquitetura contemporânea de ser cenário, de servir de fundo para o não construído. Nessa busca, outra característica que pode auxiliar é a arquitetura virtual, em que elementos fazem parte apenas da composição, sem ter nenhuma função.
Assim, pode-se concluir que a arquitetura contemporânea é muito mais permissiva que a arquitetura moderna e tem mais preocupação com as sensações que irá causar nos usuários. É experimentalista e não tem a pretensão de ser duradoura, mas preocupa-se com em criar uma identidade, utilizando para isso vários elementos que a caracterizam. Essa arquitetura divide-se em várias correntes, mas em todas elas podem-se encontrar os mesmos objetivos, de não romper com o passado e propor uma interação com o observador.

Artigo Bárbara Hipolito

Arquitetura: expressão do seu tempo

Inserida na atualidade, a arquitetura contemporânea é aquela que tem por desafio apresentar soluções arquitetônicas, urbanas e espaciais que vão ao encontro das necessidades do nosso tempo, apropriando-se da tecnologia existente e desenvolvendo soluções que identifiquem a sociedade do século XXI, de forma a criar alternativas para atender às necessidades da era atual. Como a arquitetura moderna o fez, com a utilização de mecanismos, conceitos e designers voltados para a máquina, para o deslumbre das novas tecnologias do século XIX, para velocidade, para o dinamismo da sociedade daquela época. Ela foi a “cara da era moderna”, rompeu com o passado, apresentou uma nova identidade estrutural baseada na expressão, no ritmo, na dinâmica e na utilização de novos materiais como o vidro, o aço e o concreto.
A arquitetura moderna era funcionalista, racional, desprezou o ornamento e o decorativismo dos tempos passados; mostrou a verdade estrutural, procurou a riqueza do espaço, preocupou-se em projetar exemplares arquitetônicos onde a forma do edifício seguia a função que o contemplava. Apresentou grandes vãos, apoiados sobre pilotis; edificações com fachadas livres da estrutura; trouxe o vidro compondo as edificações com grandes rasgos, fenestrações ou ainda peles de vidro, cobrindo toda a fachada. O vidro é um elemento de importante destaque na apresentação de tipologias como as torres de edifícios comerciais, muito presentes nessa época, mostrando-se como um forte elemento de transição – planos de vidro – entre o interior e o exterior da edificação, e tem nas obras do arquiteto Mies Van der Rohe bons exemplos da utilização deste material, apresentado de forma abstrata, cujos reflexos dialogavam o edifício com o entorno e davam movimento, e por que não dizer textura, às fachadas limpas de qualquer decoração. Mies é o autor da frase Less is More e de obras que tendem ao minimalismo, onde busca a síntese da forma com o máximo da expressão.
Com relação ao entorno a arquitetura moderna pouco se importou, os edifício eram situados soltos em seus lotes, e apresentavam o novo acima de qualquer diálogo com o existente. Sobre a concepção dos espaços internos, vale ressaltar o nome do arquiteto Frank Lloyd Wright que apresentou, em seus exemplares, plantas abertas expandindo-se em várias direções como um organismo vegetal em crescimento, concebendo toda a casa num espaço fluido, assim como o fez com os planos e os volumes.
A arquitetura moderna costuma ser dividida em dois movimentos, o organicismo de Wright e o funcionalismo que nega as referências históricas da arquitetura e julgava o ornamento completamente desnecessário; e apresenta um movimento histórico de caráter internacional que se deu pelo fato de as obras desse período poderem se adaptar às necessidades de qualquer país. É o chamado International Style. Dentre os principais nomes da arquitetura moderna estão Le Corbusier, Walter Gropius, Mies Van der Rohe, Frank Lloyd Wright, Peter Behrens e o brasileiro Oscar Niemeyer.
A arquitetura pós-moderna foi a que procedeu à moderna, e faz a transição à contemporânea apresentando semelhanças a esta em aspectos como a volta do diálogo com o entorno, a procura do efeito e do cenário, a utilização de texturas, e retorna a alusão à arquitetura do passado.
A arquitetura contemporânea nasce no início da década de 70 e caracteriza-se por uma volta da identidade do cidadão com a idéia de lugar, mais regionalista. Apresenta diversas correntes, e este fato justifica-se por ser um movimento atual, de experimentação, voltado para uma sociedade em constante mutação e desenvolvimento tecnológico. Dentre as correntes atuais destacam-se as que derivam da arquitetura moderna, as lúdico-formalistas e as voltadas para os princípios de sustentabilidade.
O neo-racionalismo que utiliza formas básicas, porém trata as superfícies com cores ou texturas, e não apresenta predominância de linhas verticais ou horizontais (Arquitetos: Mario Roberto Alvarez, Tadao Ando, Richard Meier); o high tech que apropria-se da alta tecnologia atual e tem como característica fundamental a estrutura (Arquitetos: Norman Foster, Renzo Piano); o estruturalismo que apresenta-se como uma arquitetura formada de pequenas partes com hierarquia de volumes a partir da função que exercem no conjunto e em geral são edifícios de baixa altura (Arquiteto: James Stirling); e o neo-organicismo que caracteriza-se pela identificação com as formas orgânicas da natureza, faz referência à estrutura e apresenta formas orientadas pela emoção e pela tecnologia (Arquitetos: Nicholas Grimshaw, Décio Tozzi, Peter Cook, Colin Fourier), são exemplos das correntes que alimentam-se de princípios da arquitetura moderna.

As correntes lúdico-formalistas são: o neo-ecletismo que reúne elementos de arquiteturas passadas, como uma colagem de partes, mas, apesar de ser uma mistura intencional de estilos, e não aleatória, corre o risco de estruturar certo caos estético no conjunto (Arquiteto: Rafael Moneo). Da mesma forma o desconstrutivismo que pretende a desordem, a aparente falta de equilíbrio tanto entre as parte do todo da obra como com relação ao seu entorno, é uma arquitetura que está apoiada pelo desenvolvimento tecnológico podendo ser, em muitos casos, considerada da corrente high tech, apresenta exemplares arquitetônicos escultóricos caracterizados pela desconstrução da forma (Arquitetos: Rem Koolhas, Norman Foster, Thom Mayne, Frank Gehry). O neo-expressionismo assemelha-se ao anterior quando pretende o livre experimento, exagerando a forma para demonstrar a expressão, a força e a emoção. Apresenta prédios escultóricos e altos, em blocos únicos, robustos e pesados formados a partir de adições e/ou subtrações. A arquitetura lúdica é uma característica exclusiva da arquitetura contemporânea, ela propõe uma brincadeira com o espectador, uma espécie de jogo entre as partes que compõem o edifício e o indivíduo; mais do que uma interação, ela deve ser de forma divertida, no entanto, corre o risco de parecer ridícula, e em alguns casos cria certo desconforto, a ponto de inibir o espectador (Arquitetos: Rui Otake).

As correntes relacionadas ao paradigma da sustentabilidade são: o empirismo caracterizado pela participação dos moradores/usuários na concepção do projeto da obra, em geral bairros e comunidades, de forma que as experiências de vida deles sejam levadas em conta desde o projeto até a sua execução. No Brasil, existem bons exemplos da concretização destes projetos como a Favela-Bairro no RJ e a Vila Felicidade em Recife. (Arquitetos: Marcelo Ferraz, Sérgio Magalhães, Joan Villà); no regionalismo é aplicada a expressão Genius Loci (‘espírito do lugar’) onde tudo no projeto, materiais, técnicas, cores, forma e estilo serão pensados a partir do espírito daquele lugar, ou seja, uma obra será feita para aquele específico local (diferente da arquitetura moderna e seu ‘estilo internacional’) a partir da história e tradição deste, das pré-existências e entorno, da identidade do lugar. São obras discretas e modestas, que contém o sentimento e a essência do lugar onde estão instaladas. Nos exemplos de revitalização, percebe-se uma preocupação com o reaproveitamento, de forma a gerar menos entulhos e desperdícios, é uma nova forma de conviver entre o velho e o novo, preservando o patrimônio e possibilitando o surgimento de um novo em diálogo permanente com o velho (Arquitetos: Ricardo Loeb, Marcelo Ferraz, Flávio Kiefer). Um bom exemplo de obra que seguiu essa corrente é a revitalização do prédio eclético de 1931 para a instalação do Santander Cultural em Porto Alegre, projeto de Ricardo Loeb. Vivemos em uma era onde não pensar no futuro e no que deixaremos para as gerações futuras é inaceitável! Desta forma soluções mais econômicas e sustentáveis estão cada vez mais presentes nos projetos arquitetônicos, criando uma ‘estética sustentável’ nos meios urbanos atuais.

Na identificação da arquitetura contemporânea é possível perceber alguns elementos que a caracterizam, dentre eles destaco aqui:
• a marcação de topo e base que apresenta uma diferenciação destes com relação aos demais pavimentos, em geral marcando o acesso principal da edificação como pórticos e estabelecendo um rompimento com a forma pura do prédio; baseia-se na arquitetura clássica do passado tripartida (base-topo-coroamento) e seus portais; conferindo identidade e acabamento, como um arremate ao edifício. Os exemplos destacam principalmente a marcação do topo com alguma movimentação indicando o acesso, através de articulações dos elementos da platibanda, diferenciando o último pavimento dos demais a partir nas esquadrias ou da movimentação do plano horizontal, ou ainda com a utilização de elementos virtuais completando arestas ou volumes de forma a finalizar o envólucro do edifício. Na base, galerias ou volumes diferenciados e com pés-direitos duplos também enfatizam o acesso. Estes são elementos bastante encontrados no cenário atual pelotense, de patrimônio arquitetônico eclético, resgatando certo diálogo entre o novo e o histórico.
• a marcação da esquina demonstra outro rompimento com a arquitetura moderna, que não se utilizava desse artifício, agora os edifícios retomam os tratamentos diferenciados em suas esquinas a partir de chanfros, recuos e curvas diluindo a aresta, planos e pilares recompondo o vértice, janelas em ângulo, ou ainda volumes destacados de forma a criar a ilusão de que a esquina do edifício quer sair do volume principal.
• a arquitetura inclusora onde várias formas dão origem a outra forma, de maneira que não se percebe o sólido original. É sutil, se dá a partir de um jogo de volumes interseccionados, aproveitando o que gera da união desses volumes para criar movimento e um efeito de brincadeira com a forma, a partir de sacadas, diferenciações nas fachadas e deslocamentos de planos.
• o tratamento de superfícies, diferente daquela arquitetura moderna branca ou cinza (provinda do concreto cru) desprovida de textura e acabamento, a contemporânea faz uso de cores - tendendo às não saturadas - para destacar volumes e marcar topos de forma discreta e sutil. As fachadas mostram-se revestidas com pastilhas, pedras, metal, madeira ou ainda com a utilização de diferentes texturas e cores. O grafismo é bastante usual, para fazer o acabamento de empenas, com molduras ou desenhos nas superfícies, tanto abstratos como com referências a personagens e motivos atuais. Os vidros aparecem não mais em imensos planos, mas pequenos e com caixilhos definindo volumes e refletindo o entorno, visto que, com a necessidade de aumentar a eficiência energética no interior das edificações, apresentam-se refletivos, espelhados ou coloridos.
• arquitetura virtual é uma característica bastante contemporânea que faz uso da imaginação do observador, criando um efeito de cenário às edificações a partir de elementos que recompõem as formas, interseccionando planos, destacando elementos, unificando volumes distintos, marcando sacadas e terraços, fazendo formas emergirem do volume principal, recompondo fachadas com janelas lacradas e criando animação ao conjunto arquitetônico.

Na cidade de pelotas, é possível perceber a importância de uma arquitetura que dialogue com a sua história, retomando elementos e possibilitando a revitalização de seus edifícios ecléticos de forma a obterem novas funções e sensações. Diferente da arquitetura moderna, que abstraia o patrimônio cultural e implantava-se de forma egoísta num cenário constituído de referências emocionais com seus habitantes, a arquitetura do nosso tempo parece perceber essa importância, inclusive a de se comprometer com o futuro das novas gerações, criando no cenário urbano objetos arquitetônicos que dialogam com a história desse meio e preocupam-se em criar uma identidade do nosso tempo, mais econômica e eficientemente energética, de forma a gerar menos entulhos e poluição, garantindo a geração de conforto térmico, acústico, espacial e visual para os usuários e observadores. Em Pelotas há muito caminho a percorrer, nossos exemplares arquitetônicos atuais ainda não representam grandes inovações e podem ser relacionados mais com as correntes neo-racionalista e neo-eclética, por outro lado é visível a preocupação dos arquitetos locais com o entorno imediato e a releitura de elementos caracterizadores do nosso patrimônio histórico e arquitetônico.

domingo, 26 de julho de 2009

Artigo Simone

Arquitetura atual: arquitetura contemporânea

No espaço existente entre a arquitetura moderna e contemporânea, existe uma forte palavra: crítica. Enquanto a arquitetura moderna rompe com o passado - na medida que prega a construção de uma nova arquitetura mais racionalista e funcionalista, onde “Menos é mais”, como disse o arquiteto Mies Van der Rohe, e que rejeita a arquitetura anterior ao seu movimento por considerá-la uma devoção ao ornamento – a arquitetura contemporânea, mais nova, compõe suas características e estilos ao fazer uma crítica principalmente ao estilo internacional pregado pelos modernistas. Sendo assim, a arquitetura moderna se caracteriza pela procura da verdade, nega o ornamento, é de vanguarda, quer ignorar a tradição, a forma segue a função e a estrutura, é ortodoxa, pretende ser duradoura/internacional, cria seus próprios elementos formais entre outras características de destaque. Já a arquitetura contemporânea procura o efeito, usa o ornamento como um de seus elementos chaves, faz alusões a arquitetura do passado, é lúdica, quer ser discreta na paisagem, é para o mundo real e não ideal, mais do que fazer uma forma quer um formato.
Neste sentido, a arquitetura contemporânea possui muitas correntes, entre elas podemos destacar:
- High Teck: esta corrente se baseia nas possibilidades atuais da alta tecnologia criando um cenário por vezes futurista
Centro George Pompidou de Richard Rogers e Renzo Piano – Paris 1972 a 1976.
- Neo Organicista: faz referência a natureza e a estrutura, entretanto é indiferente com relação ao entorno. Procura enfatizar emoções e a tecnologia utilizada. Possui geralmente linhas irregulares e formas ousadas.

- Estruturalismo: A visão estruturalista começa com a constatação de que o todo é mais do que a soma de suas partes. Obedece uma disciplina geométrica e é ordenado de maneira hierarquizada, dando destaque ao elemento mais importante do conjunto.

- Neo Racionalismo: podemos dizer que este movimento, de forma geral, obedece regras de composição, usa a razão, coerência e lógica, é funcional, faz tratamento de superfícies e possui algumas referências do movimento moderno.

- Minimalismo: baseado nas formas geométricas puras e com uso do mínimo de ornamentos. Esta corrente é marcada pela frase de Mies Van der Rohe “Menos é mais”.

- Desconstrutivismo: Demonstra uma falta de equilíbrio aparente, falta de relação com o entorno, geralmente são edifícios escultóricos, projetados com ajuda de sofware.


Além das correntes, a arquitetura contemporânea possui elementos caracterizadores como, por exemplo, a marcação de topo e base, tratamento de superfícies, tratamento de sacadas, arquitetura virtual e tratamento de empenas.
A marcação de topo e base é baseada na arquitetura do passado e agrega identidade própria ao edifício além de dar um efeito de acabamento e marcar o acesso. Esta marcação pode ser lida como uma crítica à arquitetura moderna que não a fazia, dando uma leitura indefinida do acesso e deixando a forma mais pura.
O tratamento de superfícies por sua vez pode ser tanto ao uso de cor como de textura, gerando a imagem em alta definição, ou seja, com bons acabamentos e detalhes. A cor na maioria das vezes não é saturada e a textura pode esconder a verdade do material porque importa o efeito que será gerado, diferente do modernismo caracterizado pela verdade dos materiais e uso da cor branca.
As sacadas na arquitetura contemporânea não são volumes deslocados do volume total do edifício. Muito pelo contrário, as sacadas fazem parte da volumetria dando unidade ao todo do edifício, favorecendo a visualização do edifício em si e depois de seus elementos, diferente do modernismo.
A arquitetura virtual por sua vez mostra elementos inseridos na composição do edifício para conferir efeitos, porém estes elementos inseridos são vistos como desnecessários pelos modernistas, na medida que exigem por vezes estruturação e corpos com fins somente estéticos. Segundo a professora Lígia Chiarelli “Arquitetura virtual é o nome que se dá a efeitos introduzidos na arquitetura contemporânea que confere aos edifícios, características de cenário. Este elemento é uma forte expressão da marca “lúdica” encontrada na atualidade, que transforma a arquitetura num jogo, propondo uma interação com o usuário. Em geral esses efeitos são utilizados para “completar” a forma, recriar simetrias, atenuar diferenças, recompor ritmos, criar hierarquias.”
Por conseguinte, o tratamento das empenas tem por objetivo evitar as conhecidas fachadas cegas, ou seja, os grandes paredões sem tratamentos estéticos que a cidade moderna permitia. Já nos dias atuais, a arquitetura procura o uso de molduras e/ou grafismos para ajudar na composição e leitura das outras fachadas do edifício além de possibilitar uma visão mais bonita da empena.
Para finalizar, a arquitetura contemporânea não é uma arquitetura com elementos já definidos. Ela está acontecendo e se modificando. Nesta reportagem, foi possível demonstrar um pouco da arquitetura dos dias atuais. Entretanto, é nítido que em algumas cidades está arquitetura está mais avançada e em outras, mais resistentes, a arquitetura contemporânea ainda pode ser interpretada como uma mistura das novas correntes com a arquitetura moderna. Neste sentido, a arquitetura contemporânea de Pelotas ainda é restrita a alguns exemplares que adotaram tanto correntes e/ou elementos caracterizadores da arquitetura contemporânea. Entretanto, a qualidade dessa arquitetura em Pelotas ainda é de baixa qualidade comparando com outros cenários brasileiros e mundiais. Além dos poucos exemplares contemporâneos, as características modernas ainda aparecem fortes nos prédios produzidos atualmente. Sendo assim, a arquitetura contemporânea pelotense pode ser considerada tardia.

Artigo Aline

Elementos e correntes da Arquitetura Contemporânea
É impossível dissertar sobre a arquitetura da atualidade sem retomar o significado e o período em que a arquitetura moderna está inserida. E esta, está diretamente ligada à revolução industrial, em função dos novos materiais e técnicas disponíveis naquele momento da história. Esta vertente criticou e rompeu com a arquitetura do passado, justamente por suas propostas inovadoras e por afirmar que o avanço da arte e da arquitetura deveria acompanhar a evolução da indústria desprezando as características e as técnicas anteriores.
Inicialmente a arquitetura moderna possuía interesses e compromissos com valores sociais, econômicos e políticos, além do interesse estético. Nota-se também um lado utópico e revolucionário neste pensamento.
Porém esta corrente passou a ser criticada e negada por alguns arquitetos, por gerar monotonia e falta de identidade nas cidades, além de romper com a malha urbana do espaço construído e não construído. E a partir destas criticas foram surgindo novas correntes arquitetônicas, dando origem a uma nova arquitetura a qual é chamada de contemporânea.
Dentre estas correntes já mencionadas podemos destacar algumas como a Neo racionalista que se utiliza de figuras geométricas, linguagem do racionalismo, regras de composição, uso de cores e de texturas e arquitetura de topo e base; o Neo expressionismo que se caracteriza pelo exagero para mostrar expressão, individualismo, livre experimento (bloco único, com subtrações e adições de muitos andares), prédios sóbrios e pesados; o Desconstrutivismo, que apresenta desordem, falta de equilíbrio aparente, falta de relação com o entorno, características esculturais, desconstrução da forma e aparência de ruptura, podendo ser hich tech;a Arquitetura Lúdica que brinca com o observador propondo um jogo, uma integração; a Sustentável, que possui um compromisso entre gerações, o mínimo de intervenções e mais economia de energia; e o Regionalismo que se adapta as características regionais, levando em consideração o local, a tradição, o efeito emocional. Observando também no entorno as formas, materiais, técnicas, alturas e cores. Procurando captar a essência do lugar.
Todas estas correntes se encaixam nessa nova proposta arquitetônica contemporânea e possuem características em comum, como por exemplo, a marcação de acesso, que é baseada na arquitetura do passado, e nunca encontrada na arquitetura moderna.
Outro elemento bastante encontrado na arquitetura atual é a marcação de esquina, a qual também não era empregada na arquitetura moderna, já que esta não utilizava as esquinas para construções.
Também podemos observar o tratamento dos reservatórios que na arquitetura moderna era um volume separado, e hoje é incorporado ao volume da edificação.
Ocorre, além disso, a utilização de citações, que é a referência de outros arquitetos e outras obras, o que na arquitetura moderna seria impossível já que esta deveria ser uma criação original.
Sem esquecer um elemento de suma importância que é a arquitetura de topo e base, sendo este o arremate capaz de marcar o acesso, rompendo com a forma pura, surgindo ai, um contraponto com a arquitetura moderna que buscava exatamente o contrário.
A partir destes elementos citados acima e analisando prédios na cidade de Pelotas, na busca de relações com estas correntes arquitetônicas da atualidade, nota-se que os elementos dessa nova arquitetura são tratados ora de forma mais sutil, ora de forma mais evidente, porém percebe-se a carência de mais estudo para promover a interação entre o meio e o edifício a ser inserido no local, já que a cidade tem suas peculiaridades e um sítio histórico de valor notável.
Além disso, Pelotas possui características de uma cidade importante, porém não é uma metrópole, sendo assim não tem como tradição a inserção de edificações de grande porte.
Por fim, independente da qualidade da arquitetura atual na cidade, é importante destacar que as correntes se fazem presentes, sendo necessário, já que existe a tendência, a qualificação desta arquitetura.

Artigo César

Arquitetura Contemporânea
Visão Geral

Substituindo a arquitetura moderna, a arquitetura contemporânea busca uma conexão com a arquitetura do passado, pois a primeira rompeu totalmente com esta última, com inovações como terraço jardim, planta livre, janela contínua, grandes panos de vidros, edifício sobre pilotis que foram utilizadas massivamente. Estes princípios acabaram fazendo com que a arquitetura virasse uma “receita de bolo” aplicada internacionalmente sem respeito com a cidade antiga, o clima e a cultura do local.
A arquitetura contemporânea é caracterizada, também, por ser bastante vasta no que corresponde as suas possibilidades ao compararmos a mesma com a arquitetura moderna ou outra arquitetura do passado. Existem correntes que buscam uma continuidade com a arquitetura moderna, com a utilização de formas bastantes puras, outras mais orgânicas ou complexas como as do campo das lúdico-formalistas, outras recuperando elementos da arquitetura do passado, relacionadas a princípios de sustentabilidade, etc. Dentre várias correntes, menciono as seguintes:
Neo-Racionalista – a continuidade da arquitetura moderna, no que diz respeito ao seu purismo formal, com elementos de topo e base, dividindo a edificação em base, corpo e topo ou como um único elemento que vai do topo até a base marcando o acesso principal, geralmente, e, também, trabalha com a cor e texturas;
Neo-Organicista – uma variável da tendência organicista presente mais no final da arquitetura moderna, com uma expressão geralmente inspirada na anatomia dos seres vivos, nas estruturas corporais, às vezes com curvas que remetem às peculiaridades do entorno, apesar de não ser este o principal objetivo;
Neo-Ecletismo – corrente que busca mais claramente conexões com as arquiteturas do passado, utilizando releituras de elementos de outras arquiteturas, outras vezes, simplesmente cópias de tais elementos, seguidamente misturados com outros resultando numa colagem sem nenhum critério justificativo;
Arquitetura Lúdica – corrente que mais claramente brinca com o observador, buscando uma interação e utilizando muito da fantasia para a composição da obra, às vezes, caindo na infelicidade de utilizar a cópia de um objeto aumentada, o que acaba no final denegrindo o objetivo inicial de brincar com o observador de uma maneira não tão irônica, nem tão óbvia;
High-Tech – corrente que utiliza a alta tecnologia empregada. Ao invés de se inspirar no passado como a neo-eclética, remete ao futuro, buscando um ideal de empregar tecnologias de ponta para testar as possibilidades da forma e inovações da ciência;
Estruturalismo – corrente que é caracterizada por apresentar vários volumes conectados entre si de forma hierárquica; volumes estes que são diferenciados uns dos outros pelo tamanho, forma, cor, etc.

Elementos Caracterizadores da Arquitetura Contemporânea

Além da classificação de uma obra através das correntes, o que leva a uma rotulação, às vezes, simplificada e, muitas vezes, pessoal, existem os elementos que caracterizam uma arquitetura contemporânea; elementos que podem ser presentes também na arquitetura moderna, mas que se diferenciam pela maneira de como são empregados entre as duas épocas. Exemplifico os seguintes elementos:
Sacadas: na arquitetura moderna geralmente eram facilmente identificadas, separadas entre si e “coladas” no edifício, expressando uma simples adição; na arquitetura contemporânea, não são tão facilmente percebidas pelo observador, podendo ter características de agrupamento num único volume, dar ritmo às fachadas quebrando regularidades, reforçar o acesso principal, etc;
Platibandas: na arquitetura moderna eram simplesmente o acabamento coroado com a última viga, geralmente representadas por uma espessura maior do que as outras vigas visíveis dos pavimentos abaixo; na arquitetura contemporânea ganham diversos papéis, como marcar o acesso principal, adquirir ramificações que podem ir do topo até a base para quebrar o horizontal versus o vertical e vice-versa, etc.
Plano horizontal – na arquitetura moderna era predominante o plano horizontal único, na arquitetura contemporânea podem existir diversos planos horizontais que possibilitam diferenças de altura e, portanto, maior riqueza no volume;
Plano vertical – na arquitetura moderna caracterizado, em sua maioria, por um plano bidimensional único, na arquitetura contemporânea, as variações de profundidade nesse plano permitem um jogo de volumes mais agradável e volumes trabalhados com cores ou texturas diferentes;
Cor – a utilização da cor na arquitetura moderna era, generalizadamente, inexistente, o que tornava os edifícios um tanto áridos. Com o aprofundamento do estudo da cor, dos efeitos que ela provoca no observador, abriu-se o caminho para sua inserção na arquitetura contemporânea, na qual a cor serve como um dos princípios mais básicos, pois ajuda na diferenciação de volumes, marcações de acesso, agrupamento de esquadrias de determinados tamanhos, etc.

Arquitetura Contemporânea em Pelotas

Identifico a arquitetura contemporânea em Pelotas como majoritariamente das correntes neo-racionalista e neo-eclética. A primeira, em maior profusão, é a diferenciação mais simples da arquitetura moderna, observada, muitas vezes, com um tratamento de cor e superfície diferenciado, com a utilização de elementos de topo e base, marcação de acesso, etc. A segunda, geralmente utilizada com releitura de elementos de outras arquiteturas simplificados em sua geometria, se encaixa bem com o entorno da arquitetura do passado, principalmente com a protomoderna pela já simplificação desses elementos que havia ocorrido nesta arquitetura.

sábado, 25 de julho de 2009

Artigo Maicon

Arquitetura Contemporânea

A arquitetura contemporânea começa em meados da década de 70 no mundo, com o principal objetivo de estabelecer uma crítica a arquitetura moderna.
Um dos principais motivos dessa crítica foi porque a arquitetura moderna rompeu completamente com estilos históricos, ou seja, rompeu com a malha urbana do espaço construído e o não construído, com o uso de ornamentos e tornou-se uma arquitetura despreocupada com o supérfluo e o superficial.
As tendências da arquitetura contemporânea seriam a retomada da história com referência na composição arquitetônica; o interesse na arquitetura regionalista levando em consideração as tradições locais e o espírito do lugar, a preocupação em relacionar os elementos compositivos como o local onde está sendo inserida e o mais importante é a valorização da população como peça chave para a elaboração de projetos, ou seja, o arquiteto não se impõe como faziam na arquitetura moderna e torna-se compartilhador de sua obra com o cliente.
Dentre as correntes da arquitetura contemporânea podemos citar a neo-racionalista que é a mesma arquitetura moderna, só que a diferencia porque utiliza uma marcação de topo e base, cores e texturas; a High Tech, que orienta-se pelo uso de materiais de alta tecnologia, geralmente trabalha com a estrutura aparente; a neo-organicista, que baseia-se em formas da natureza, faz referência a estrutura e orienta-se pela emoção e tecnologia.
Além das citadas acima, podemos destacar ainda a lúdica, que brinca com o observador propondo um jogo de interação ao trabalhar com cores e formas variadas; o neo-ecletismo, que reúne elementos da história da arquitetura e faz uma colagem desses elementos na arquitetura atual; o estruturalismo, que são volumes no espaço que se interligam, gerando movimento e dificultando a visualização do volume principal do edifício e por fim, a sustentabilidade, que trabalha com a economia de energia e o mínimo de intervenção no ambiente.
Alguns elementos caracterizadores dessa nova arquitetura que difere da arquitetura moderna são a utilização de cores não saturadas, que tem como principal objetivo a integração da edificação com o entorno existente; a arquitetura virtual, que utiliza elementos criados para fazer destaque a marcação de acessos e também uma continuação da forma para fechar um volume; a utilização de citações, que faz referência a projetos existentes, ou seja, num detalhe ou forma; o tratamento de superfície, que trabalha com materiais diferentes, utiliza texturas, cores e grafismo e a arquitetura inclusora, que trabalha com formas geométricas diferenciadas dando uma idéia como se uma forma brotasse de dentro da outra.
Na cidade de Pelotas é mais visível observar duas correntes arquitetônicas que se destacam, a primeira seria a neo-racionalista que tenta integrar-se ao entorno das edificações do período da arquitetura modernista e a segunda seria a neo-eclética, que faz utilização de elementos da arquitetura do período eclético da cidade. Essa nova arquitetura não tem uma regra, ela está sempre sofrendo mutação e levando em conta o local e a natureza onde está sendo inserida.